Consumo

Saiba quais são os cuidados necessários na hora de aproveitar as liquidações

Diogo Brondani

Foto: Lucas Amorelli (Diário)
Cartazes e adesivos que anunciam os descontos são os grandes atrativos das vitrines

A época das liquidações chegou. No comércio de Santa Maria, as vitrines estampam adesivos coloridos com a porcentagem de desconto oferecido: 50%, 60% e até 70%. Ou, ainda, as palavras "sale", "off" e "liquida". No entanto, na hora de ir às compras, o consumidor precisa prestar bastante a atenção para não comprar gato por lebre.

Conforme a coordenadora do Procon de Santa Maria, Márcia Rocha, alguns cuidados são essenciais para evitar transtornos.

- Independente de ser liquidação, ou não, o consumidor deve exigir sempre a nota fiscal. O lojista deve oferecer a possibilidade da troca sempre, desde que seja apresentada a nota. Em caso de mercadoria com defeito, a indicação é não comprar. No caso de produtos de mostruários ou que apresentam algum defeito, o cliente deve ser informado disso. Se o produto apresentar defeito depois da compra, a loja tem até 30 dias para resolver o problema. O preço, os descontos e as condições de pagamento devem estar em locais visíveis ao consumidor dentro do estabelecimento - salienta ela.

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No comércio local, foram constatados produtos que chegam até 70%. Em uma loja de roupas infantis do Calçadão, por exemplo, um vestido feminino que antes custava R$ 249 tinha preço de R$ 74. 

- São algumas peças da coleção de verão 2017 que precisamos vender. E temos muitos clientes que aproveitam. Alguns, inclusive, já compram em tamanhos maiores para que a criança possa vestir no próximo verão. No entanto, a maioria dos produtos está com descontos de 50%, e com condições de pagamento diferenciadas - conta a gerente Mari Guasso, 45 anos.

Em uma loja de vestuário feminino, a responsável Maria Augusta Vieira, 25 anos, diz que as liquidações geram resultados.

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- Vale muito a pena porque quem é nosso cliente sabe do preço real dos nossos produtos, e sempre vem aproveitar nossas promoções. A liquidação ajuda nas vendas nessa época de férias, quando tem pouca gente na cidade e movimento cai - diz.

No local, há peças como blusas básicas que antes da liquidação custavam R$ 89,90 e que agora saem por R$ 39,90, ou seja 55% "off". Alguns modelos de shorts têm 60% de desconto. Ou seja, o preço reduziu de R$ 159 para R$ 59.

E não é só vestuário que os consumidores encontram em liquidação. Em uma loja de eletrodomésticos, por exemplo, há fogão com 23% de desconto, guarda-roupas com 43%, panela de pressão com 47%, entre outros. Conforme o gerente Jovani Cuculoto, as liquidações são importantes.

- Sempre temos alguns produtos em oferta. No entanto, como agora é a época das liquidações, inclusive do Liquida Santa Maria, acho que é mais um ponto para atrair o cliente e isso certamente dá resultado nas vendas da loja - avalia.

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Mas o que pensam o consumidores sobre as liquidações? A técnica em enfermagem Janaína La Roque, 34 anos, tem certa desconfiança. 

- Acho que um pouco é ilusão. Não vale a pena comprar. As liquidações são mais para chamar a atenção. São pouco os descontos - afirma.

Já a manicure Nilza Pinheiro, 60 anos, considera que há mudanças nos preços.

- Tem calçados e roupas que a gente vê que estão mais baratos. É preciso pesquisar. Não saí para comprar, mas vi um calçado que chamou a atenção pelo preço menor e acabei aproveitando - conta.


ORIENTAÇÕES DO PROCON/RS

- Se o produto apresentar algum defeito de fabricação, a empresa tem que trocar, mesmo que ele tenha sido comprado na liquidação. Pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), a garantia é de 90 dias. A exceção são os casos em que esteja indicado na nota fiscal que o item apresenta um problema específico, sobre o qual o consumidor não poderá reclamar.

- Se a loja informar que o produto comprado na liquidação poderá ser trocado, peça que escrevam essa informação na nota fiscal, na etiqueta ou em um cartão da loja para evitar problemas futuros. Isso porque não há obrigação legal de troca por questões de tamanho, cor ou modelo. 

- Quando são anunciados descontos muito maiores do que a média da loja ou utilizados produtos como chamariz que não estão mais disponíveis, o estabelecimento pode ser enquadrado por propaganda enganosa, segundo o Código de Defesa do Consumidor. Ao divulgar que um produto está em promoção, a loja tem que informar qual é a quantidade em estoque. 

- O consumidor deve exigir sempre a entrega da nota fiscal, pois ela é um direito, e um meio do consumidor exercer e buscar todas os direitos assegurados pelo CDC. 

- Antes de comprar, avalie a sua necessidade/utilidade para aquisição daquele produto. Faça suas contas, pois vários itens baratos podem acabar saindo caro e comprometer seu próprio orçamento.

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